domingo, 13 de janeiro de 2013



"Tem dias em que nada parece fazer sentido. A semana havia sido puxada, o dia em especial havia sido pesado, meu corpo estava cansado e tudo que precisava era de um longo banho e um choro solitário. Mas não demorou muito para o telefone tocar, apesar de não sentir vontade nenhuma de falar com qualquer pessoa, olhei na bina e vi que desta não podia fugir. Então peguei o telefone e comecei uma conversação tranquila. Ao longo da conversa o clima foi ficando cada vez mais pesado e de repente o que temia ouvir e sentir estava acontecendo. Com o ouvido grudado ao telefone, mas com uma vontade fora do comum de desligar a qualquer momento. As palavras entravam como espinhos, não havia espaço para engolir saliva, respirar, conter lágrimas e controlar a voz. Me senti uma malabarista, tendo que cuidar dos meus sentidos sem sequer ter controle algum de qualquer uma de minhas funções corporais. Após desligar, senti um vazio que me fez repousar durante alguns minutos com o olhar fixo sobre qualquer coisa. O que eu estava fazendo comigo? Será que é isso que desejo para mim? Em questão de segundos comecei a chorar e fiz do resto do dia tristeza..." — Um certo dia triste

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