segunda-feira, 2 de setembro de 2013


Hoje decidi pedir a Deus força para continuar. Apesar de todas as dificuldades, assumi meus desleixos e me dispus a mudar grande parte. Após muitos julgamentos, ofensas, choros e desesperos. Minha única solução é tentar traçar um futuro saudável. As pessoas não duram para sempre, nós nunca sabemos por quanto tempo elas vão ficar por aqui conosco. A grande valorização machuca. O sofrimento, abatimento, as lágrimas frustadas. Tudo isso faz parte da vida. Muitos conseguem sorrir todos os dias, escondendo de todos e até de si a angustia de viver. Mas até aonde isso vai? Até que ponto podemos guardar, digo, omitir a nossa dor? As nossas frustrações por grande parte não dar certo. Hein?! 
Sei que sou uma pessoa difícil de lidar. Nunca disse que seira fácil conviver comigo. Sou durona, cabeça dura, pavio curto, orgulhosa, estressada. Mas também sou uma pessoa sensível. Também tenho coração, também choro, também fico carente. É tão difícil entender que uma pessoa forte pode ser sensível?! As vezes sensível até demais. É difícil caramba?! As palavras me ferem, as vezes me cortam muito mais do que atitudes. Atitudes podem ser mudadas, as palavras apesar de modificadas, dão um impacto maior em certas situações. 
Nunca fui de apontar o dedo nas falhas dos outros. Sempre fui do tipo que ouve, da atenção, discorda, briga, aconselha, passa a mão na cabeça quando necessário, sorri só pra tentar contagiar, se comove, chora junto. Nas minhas amizades me via mais sendo amiga do que tendo amigos. Sempre funcionou assim. Nunca me incomodei de dar ombro, de dar colo as pessoas que eu gosto. Mas chegou a um ponto em que a minha dor não era mais importante, os problemas dos outros sempre vão ser maiores para os outros, as frustrações vão ser maiores, as dores são menos ingestivas. Será que cavei o próprio egoísmo destas pessoas? Será que fiz parecer que não possuo problemas? Por Deus, não me importo em ajudar o próximo, ainda mais se for alguém de meu carinho. Mas chegou a hora em que quero desmoronar e me sinto insegura por não ter nenhum suporte. Por mais amizades que possuo, ainda me sinto insegura de cair em algum buraco escuro e me aprisionar...

Infelizmente o tempo passa depressa e não espera por ninguém. Por vezes passei horas na cama só para saciar meu sono, minha preguiça. Por desleixo deixei coisas importantes passarem como quem deixa o vento correr pela casa. Fechei as portas mais importantes da minha vida por desanimo, por falta de estimulo. Um lado desejava a conquista, enquanto o outro não dava a minima importância ao futuro. E por que ser assim? Acredito que depois de todas as coisas que passei nessa vida, deixei de dar importância a muitas coisas, desacreditei de mim, da minha força de vontade e desmereci minha capacidade. Mudei muito de uns anos para cá. Perdi traços relevantes e deixei alguns falarem mais alto. Não me arrependo de ter feito o que fiz, só me arrependo de ter fechado as portas mais importantes. As desilusões com as pessoas é algo inevitável, nunca sabemos com quem estamos lidando de fato. É bom chorar, rolar por horas na cama com raiva, culpa  e arrependimento momentâneo. Arrependimento é em vão, acreditem. Desejei demais a liberdade que já possuía, mas nunca me deixei levar por ninguém. Uma coisa que nunca perdi por nada e ninguém foi a minha personalidade. Como não podemos mudar o passado, é ideal tentarmos melhorar o presente para sermos melhores no futuro. Se não fossem minha tentativas falhas e frustadas, hoje estaria melhor de vida. Mas só tenho apenas 20 anos, aprendi lições da vida muito cedo, amadureci cedo. Ainda tenho uma longa jornada nessa vida e acredito que daqui pra frente as coisas vão melhorar. 

Como se fosse muito clichê dizer que estou a cada dia mais morta. Digo, morta por dentro. Meu coração esta ficando amargo, duro, adoecido. É como se todas as coisas boas estivessem com uma infecção. A infecção da tristeza, da agonia, do rancor. Ah, que angustia. Me dói. E tem me doído por meses.
Numa forma imatura, tento acreditar que uma flor morta possa renascer. Um jardim pode sim reflorescer. Não pode? Ai está a minha esperança.
Faz meses desde o meu riso. Digo o riso verdadeiro, que não é exposto numa tentativa de dizer que está tudo bem. Um riso espontâneo afirmando a paz de se viver. É deste sorriso que eu preciso todos os dias. O riso espontâneo de paz.
Sinto o meu coração doer toda vez que a raiva explode. Funciona como aquele jogo de bola, três cortes. O ultimo corte é sempre o mais dolorido. É exatamente assim que se encontra o meu coração, dolorido. Estou cada vez mais decepcionada com as pessoas, com a forma como lidam com as coisas, do tamanho da importância a coisas fúteis. Céus, será que ninguém percebe que um dia tudo isso acaba? Por que agir de forma tão escura? Tão egoísta? Arisca? Não, não entendo. E talvez seja por não entender que me dói tanto. (...)